Os motivos que desencadeiam essa anormalidade são diversos e precisam ser considerados na hora de determinar o melhor tratamento: diminuição da força dos esfíncteres anais, alteração da anatomia da pelve por cirurgia, parto ou trauma, constipação intestinal severa e prolongada e perda de peso acentuada. Ela aparece com mais frequência nos dois extremos da vida (velhice e infância), sendo que as mulheres são as mais atingidas.
Como diagnosticar
O diagnóstico da condição acontece por meio de exame proctológico, quando é possível notar a saída do reto, ou de parte dele, através da fenda anal. Na avaliação, pode ser necessário que o paciente simule esforço para evacuar, para melhor percepção do problema.
Tratamento
O tratamento dependerá das características (idade, histórico clínico, anatomia) do paciente e do problema (tamanho, por exemplo). No caso de crianças, em boa parte das ocorrências a cura é espontânea, uma vez que o crescimento e a resistência adquirida pelos ossos e músculos impedem a saída do reto. Já nos adultos, quase sempre é necessário algum tipo de intervenção.
Se o prolapso é parcial, cirurgias mais simples conseguem solucionar a situação. Se, no entanto, é total, a operação é mais complexa, sendo realizada por via perineal ou abdominal. Esta última pode ser executada, às vezes, por meio de laparoscopia.
O que muitos temem pode, sim, acontecer: o reaparecimento do problema depois do tratamento. O índice de recidiva existe, principalmente se a pessoa não alterar hábitos importantes. O principal deles é o esforço evacuatório, típico de quem tem constipação. É por isso que é crucial seguir uma alimentação balanceada e nutritiva, garantir ao organismo o aporte diário recomendado de água e exercitar-se regularmente.
Existe um jeito certo de eliminar as fezes: em cócoras, pois, assim, os músculos da região ficam relaxados, facilitando a saída dos resíduos. O “x” da questão é que se agachar é um tanto inviável, então, nada melhor do que usar um banquinho (são facilmente encontrados em sites na internet) para apoiar os pés, de modo a flexionar o corpo para frente. Essa simples mudança pode, também, ajudar a evitar prolapso retal.
É o mesmo que hemorroidas?
É muito comum as pessoas confundirem prolapso retal com doença hemorroidária, porém, são duas coisas diferentes, embora os sintomas possam ser os mesmos como sangramento e protusão a partir do reto. No primeiro caso, o quadro envolve um segmento do intestino localizado mais alto dentro do corpo, enquanto o segundo desenvolve-se perto da borda anal. Em ambas as situações pode haver resistência em buscar ajuda médica, e o paciente, por isso, sentir-se impelido a recorrer à automedicação. Mas isso, claro, pode representar consequências sérias.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
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