De acordo com estudo liderado pela Imperial College London e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de crianças e adolescentes diagnosticados com obesidade infantil aumentou dez vezes nos últimos 40 anos.
Ainda, essa estatística assustadora revela um grave problema mundial de saúde pública. Por isso, é importante adotar medidas preventivas. Neste sentido, separamos algumas dicas que irão contribuir com esse objetivo.
Como evitar a obesidade infantil?
Confira, a seguir, 6 formas de evitar o problema.
1. Prática de atividades físicas
A prática de atividades físicas é fundamental em todas as etapas do desenvolvimento infantil. Isso porque ajuda a equilibrar o balanço energético, prevenindo a obesidade infantil e doenças relacionadas.
Assim, reduza o tempo que as crianças gastam na frente dos dispositivos eletrônicos e as estimule a praticar atividades físicas. Nesta fase, os esportes coletivos costumam ser um grande atrativo.
2. Seja um exemplo para os seus filhos
A adesão das crianças e adolescentes a um estilo de vida saudável depende do exemplo dado pelos pais. Afinal, como exigir que eles comam brócolis enquanto você está devorando um hambúrguer com batatas fritas?
Além disso, desenvolva o hábito de sentar-se à mesa para fazer as refeições. Com isso, eles desfrutarão mais dos sabores e terão uma relação melhor com a comida. Da mesma maneira, monte um cardápio variado e saudável.
3. Introduza a alimentação saudável o quanto antes
Ao fim do aleitamento materno, é chegado o momento de iniciar a ingestão de alimentos sólidos. Esta fase é crucial para estabelecer os hábitos alimentares da criança. Então, converse com o pediatra e elabore uma dieta rica em nutrientes.
Neste sentido, dê preferência aos legumes, carnes magras e frutas, introduzindo novos alimentos a cada semana. Ainda, não compartilhe a sua refeição com o seu filho, principalmente se ela não for saudável.
4. Não use os alimentos como recompensa
Em decorrência da necessidade de melhorar a alimentação dos filhos e da falta de tempo para promover essa educação alimentar, muitos pais utilizam-se do sistema de recompensa para introduzir os alimentos saudáveis.
Contudo, essa prática fará com que a criança desenvolva laços emocionais desnecessários com as refeições. Assim, não compense um brocólis com um sorvete, por exemplo. Essa ação fará com que a criança associe o primeiro ao sofrimento e o segundo a alegria. Com isso, é normal que ela passe a desejar o consumo diário de sorvete.
5. Aleitamento materno
O aleitamento materno é considerado um aliado no combate à obesidade infantil. A ingestão exclusiva de leite deve ser mantida apenas até os seis meses de vida. Porém, em associação com outros alimentos, a amamentação pode ser estendida até os dois anos.
Ainda, o aleitamento materno proporciona ao bebê uma alimentação rica em nutrientes e melhora o autocontrole do consumo de alimentos. Contudo, as mães não devem ultrapassar o período de amamentação recomendado.
6. Sono e repouso
A falta de sono é um dos principais fatores associados ao desenvolvimento da obesidade infantil. Isso porque afeta o relógio biológico da criança, atingindo a produção de hormônios que controlam o apetite.
Segundo a Academia Americana de Medicina e do Sono (AASM), as crianças com até cinco anos precisam dormir, pelo menos, 13 horas por dia. Já aquelas em idade escolar, 6 a 12 anos, devem ter um sono de até 12 horas.
Enfim, a adoção de medidas para o combate à obesidade infantil é imprescindível. Com a excessiva exposição aos dispositivos eletrônicos, a falta de tempo dos pais e o fácil acesso aos alimentos industrializados, esse problema tende a continuar em franco crescimento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!