Síndrome metabólica de várias origens, a diabetes se caracteriza pela falta de insulina e aumento da glicose no sangue. O problema é diretamente ligado ao pâncreas, que produz insulina e que começa a apresentar algum tipo de disfunção. A insulina é muito importante para reduzir a glicemia, que permite que o açúcar no sangue possa ser utilizado como energia para as células. Na sua ausência, esse processo começa a acontecer com menor frequência.
A diabetes se divide em tipo 1, pré-diabetes, diabete tipo 2 e diabete gestacional. O tipo 1 acontece quando há um problema nos anticorpos, que começam a atacar as células que produzem a insulina. A pré-diabetes é a indicação de que há possibilidade grande de se desenvolver a doença e pode ser precavida com tratamento. Já a tipo 2, a mais comum e que abrange 90% dos pacientes, surge com a diminuição da secreção da insulina e sua incapacidade de ação no organismo. Sem o tratamento adequado pode se agravar e levar até mesmo a morte.
A polêmica cirurgia contra a diabetes 2
O ex-jogador e senador Romário e o apresentador Faustão realizaram uma controversa cirurgia contra a diabetes 2. Ela foi desenvolvida por um médico goiano e está ainda em caráter experimental, sem a aprovação do Conselho Federal de Medicina. Porém, ela pode ser realizada baseada como pesquisa.
É muito semelhante à cirurgia bariátrica e a diferença entre elas é onde é recolocado o íleo, ou seja, o fim do intestino delgado. Seu procedimento para combater a diabetes é aumentar a produção de hormônios da saciedade e inibir a ingestão excessiva de alimentos.
Para cirurgias bariátricas é preciso que o paciente possua obesidade mórbida, com Índice de Massa Corporal acima de 40. Nos casos de obesidades que já apresentam diabetes e outras doenças como hipertensão, ela pode ser realizada com IMC de 35. Porém, pacientes com diabetes 2 que não conseguem ser mais controladas com medicamentos, podem ser expostas ao procedimento cirúrgico tendo IMC de 30.
No caso do jogador, a polêmica é exatamente sobre o seu IMC e não pelo procedimento cirúrgico em si. Ele apresenta um índice de 28, caracterizado como sobrepeso, ou seja, sem o perfil para realizar a cirurgia.
Os benefícios para quem realiza o procedimento cirúrgico
A diabetes 2 acontece quando o organismo se torna incapaz de usar adequadamente a insulina que vem produzindo. Pode também surgir quando a sua produção não é suficiente para controlar a glicemia.
O sedentarismo é uma das principais causas do surgimento da diabetes 2, incluindo a obesidade, a falta de qualidade na alimentação e predisposição genética
Estudos recentes vêm afirmando que um procedimento cirúrgico para a diabetes pode ser muito mais eficiente do que um tratamento convencional de remédios orais e insulina. Mas é preciso que ele possua as condições mínimas. Mesmo sendo mais radical e invasiva, a queda média de níveis de glicose no sangue de quem já realizou o procedimento, comprova sua eficiência quando comparado a qualquer outro tratamento padrão.
Inclusive, a maior parte dos pacientes que realizam uma cirurgia para controlar a diabetes não utiliza medicação para controlar a doença. Essa independência se torna possível também quando há uma alimentação controlada e sem excessos.
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