A esplenectomia é, de forma sintética, a cirurgia feita para a retirada do baço. Ela é feita caso o indivíduo tenha passado por traumas ou doenças que tenham afetado o órgão em questão.
Enfermidades como o câncer, a esferocitose hereditária, a leucemia, a anemia falciforme ou a púrpura trombocitopênica também podem fazer com que haja dificuldade na filtragem do sangue – função principal do baço – e posteriores disfunções fisiológicas.
Nestas ocasiões, a retirada do baço pode ser necessária.
No presente artigo, falaremos um pouco mais sobre a realização da esplenectomia e sobre os cuidados antes e depois da operação.
Se o assunto lhe é interessante, confira o material preparado abaixo.
Como é feita a esplenectomia?
A maior parte dos especialistas tem preferido fazer o procedimento por meio de videolaparoscopia, uma vez que a técnica é muito segura e não exige que o paciente sofra de muitos cortes ou incisões.
Por conta desta “simplicidade”, digamos assim, a laparoscopia por vídeo também acelera o processo de recuperação, permitindo que o paciente se sinta melhor e volte às atividades cotidianas em tempo enxuto.
Quando não é possível utilizar esta técnica, os médicos podem optar pela cirurgia tradicional, que é feita a partir de um corte de maior extensão.
Cuidados pré-operatórios
Uma vez que estamos falando de procedimentos invasivos, não se pode abrir mão da anestesia.
Dada a existência de sedação, é habitual que o paciente fique em observação no hospital por pelo menos 24h, embora não seja incomum que alguns médicos estendam o prazo para 48h.
É costume do médico responsável pedir alguns exames de sangue ou de imagem, para confirmar o estado do baço ou dos órgãos próximos.
A reserva de bolsas de sangue também é primordial, uma vez que há a possibilidade de hemorragia ou comprometimento das plaquetas sanguíneas em alguns casos que exigem a esplenectomia.
É um procedimento perigoso?
Toda cirurgia tem riscos; isto é inevitável. O que podemos fazer é minimizar a possibilidade de problemas por meio de exames pré-operatórios, de boas técnicas cirúrgicas e de respeito ao corpo do paciente.
Após a retirada do baço, alguns pacientes relatam dores localizadas, cansaço, sonolência e dificuldade para realizar atividades cotidianas.
Durante os primeiros dias, é preciso que o indivíduo operado seja acompanhado de perto por um cuidador ou por algum familiar.
Há também riscos de hemorragias, hematomas ou derrame pleural durante a intervenção cirúrgica.
O que fazer depois esplenectomia?
O paciente deve se comprometer a alterar os hábitos alimentares, evitando comida rica em açúcar, temperos ou gordura, além de fazer atividade física regular.
O médico solicitará também que o indivíduo tome algumas vacinas, já que o corpo estará fragilizado e a capacidade de combater infecções, dada a retirada do fígado, estará um pouco comprometida.
A utilização regular de antibióticos também é necessária. Não se deve, no entanto, apostar em doses muito altas o tempo inteiro: os antibióticos, como bem sabemos, podem ser bastante agressivos ao organismo.
Como em qualquer outra circunstância, o paciente não deve fazer automedicação. Mesmo em caso de dor ou incômodo, é primordial que ele utilize apenas os remédios passados pelo especialista.
Quer saber mais sobre esplenectomia? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!