No Brasil, de acordo com a normatização do Conselho Federal de Medicina (CFM), a cirurgia metabólica é recomendada para pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2, sendo que ela se dá via bypass gástrico por reconstrução BGYR.
No caso de haver contraindicações ou desvantagens significativas desse método, a gastrectomia vertical surge como uma opção a disposição do paciente.
Quer entender melhor sobre o que é a cirurgia metabólica? Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
Visão geral
O CFM recomenda a cirurgia metabólica para pacientes com Índice de Massa Corporal superior a 30. Geralmente, esses pacientes já tentaram outras alternativas de controle de doenças relacionadas a obesidade sem obter sucesso.
Essa técnica também é conhecida pelo nome de cirurgia do diabetes. E há uma razão por trás disso: ela consiste de vários procedimentos cirúrgicos bariátricos que tem como objetivo principal promover melhoras em relação ao diabetes mellitus tipo 2, assim como a síndrome metabólica.
É importante ressaltar a principal diferença entre cirurgia bariátrica e metabólica. No primeiro caso, o objetivo é ajudar o paciente a perder peso, enquanto que no segundo, a finalidade é melhorar o controle glicêmico do paciente.
Cinco principais doenças podem ser controladas por meio desse procedimento:
- 1. diabetes;
- 2. Esteatose hepática;
- 3. colesterol;
- 4. obesidade;
- 5. hipertensão.
Tipos de cirurgia metabólica
Há duas maneiras de esse procedimento ser realizado: por uma abordagem aberta ou por via minimamente invasiva (laparoscopia). É mais comum que a recomendação ou escolha fique com a laparoscopia, pois permite mais conforto ao paciente e é menos invasiva.
Parecido ao que ocorre com a cirurgia bariátrica, as técnicas de cirurgia metabólica podem ser feitas sem ou com desvio intestinal. Para a definição, o médico especialista faz algumas observações, sendo que a mais importante diz respeito ao resultado do controle glicêmico.
Quem pode fazer
O foco da cirurgia metabólica é o controle glicêmico. Por isso, os principais candidatos são pessoas que não conseguiram resolver satisfatoriamente essa condição por meio de tratamentos anteriores.
Até pouco tempo, a recomendação era para pacientes com IMC acima dos 35. Porém, com estudos científicos sendo desenvolvidos continuamente, chegou-se à conclusão de que ela também é vantajosa para pacientes com diabetes tipo 2 com IMC entre 30 e 34,9.
Diabetes tipo 2: um problema grave
Estimativas apontam que, no Brasil, existem cerca de 14 milhões de pessoas com diabetes tipo 2. Especialistas também levantam a possibilidade de esse número crescer significativamente durante os próximos anos.
Um dos maiores problemas envolvendo o diabetes tipo 2, é que a doença não se manifesta de forma clara, ou seja, por não haver sintomas evidentes, a pessoa pode nunca saber que é portadora da condição.
Isso leva a outra situação complicada: em boa parte dos casos, quando a doença apresenta sintomas, ela já está muito avançada e já prejudicando a saúde do indivíduo de forma intensa.
Por isso, o alerta fica para os pacientes de meia idade e pessoas que sofrem com alguma doença crônica, pois precisam ficar atentos a sua rotina de exames médicos.
Afinal, seja por meio de uma cirurgia metabólica ou tratamentos mais simples, é essencial que o controle seja feito para que a doença não cause problemas a vida do indivíduo, a exemplo da perda de visão.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!