tireoide

O que são nódulos tireoidianos?

Os nódulos de tireoide ou nódulos tireoidianos são bastante comuns e tangíveis em cerca de 4 a 7% da população, levando em consideração a população feminina de mais de 50 anos de idade. 

Entretanto, esses nódulos detectados por ultrassonografia, mesmo os não tangíveis, apontam que aproximadamente 50% desta população possuem esse tipo de patologia. 

O nódulo tireoidiano é uma lesão dentro da glândula que é radiologicamente diferente do tecido restante que a envolve. Assim, o nódulo pode ser tangível ou não ao exame físico. Porém, nem todo nódulo no pescoço tem relação com a tireoide.

O que é a glândula tireoide?

Essa glândula é uma estrutura em forma de borboleta localizada na frente do pescoço, logo abaixo das cordas vocais. Logo, ela gera dois tipos de hormônios, a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), que auxiliam na regulagem do metabolismo, que consiste no processo de como o corpo humano usa e armazena energia.

Nódulos de tireoide, quem está em risco de tê-los?

Nódulos são bastante comuns. Entretanto, as chances de desenvolvê-los aumenta à medida que você envelhece. Apesar dos sintomas não serem comuns, um nódulo relativamente grande pode, às vezes causar rouquidão, dor ou dificultar a respiração e até mesmo a engolir.

Há uma preocupação por parte dos médicos com os nódulos devido a eles poderem ser cancerígenos. Então, o câncer da tireoide é diagnosticado em cerca de 8% dos nódulos nos homens (8 em cada 100) e em 4% em mulheres. Assim sendo, cerca de 90% dos nódulos são benignos (não cancerosos).

Entretanto, a maioria das causas dos nódulos benignos não é conhecida, embora muitas vezes são encontrados em pessoas de uma mesma família. Logo em âmbito mundial, a falta de iodo na dieta é uma causa bem comum do aparecimento de nódulos.

Como é feito o diagnóstico dos nódulos tireoidianos?

A grande maioria dos nódulos são descobertos durante um exame físico rotineiro.

Logo após um nódulo ser descoberto, o médico fará testes laboratoriais a fim de saber se o nódulo é hiperfuncionante (gerador de muito hormônio tireoidiano, conhecido como “nódulo quente”) ou hipofuncionante (não gerador de hormônio tireoidiano, conhecido como “nódulo frio”).

Contudo, esses testes não são suficientes para desconsiderar um câncer de tireoide. Então, para reunir mais informações sobre o nódulo, o médico pode pedir um ou mais exames.

Veja quais são esses exames:

Biopsia aspirativa por agulha fina (BAAF)

Nesse tipo de exame uma agulha fina é usada com o propósito de remover células ou amostras de fluído do nódulo. Logo, este teste é bem preciso na identificação de nódulos cancerosos ou “suspeitos”.

Ultrassonografia de tireoide

A ultrassonografia é realizada para obter um retrato exato da tireoide, podendo assim, verificar se o nódulo é sólido ou preenchido com algum tipo de fluido (cisto). 

Porém, esse tipo de exame não pode afirmar se o nódulo é canceroso, entretanto, é muito útil para orientar uma agulha usada para aspirar as células do nódulo. Então, esse procedimento é chamado de “punção aspirativa por agulha fina” (PAAF). 

Cintilografia de tireoide

Esse tipo de exame utiliza uma uma câmera especial para obter uma imagem da tireoide e uma pequena quantidade de iodo radioativo a fim de saber se o nódulo é hiper ou hipofuncionante. 

Assim, o nível de atividade pode prover pistas para identificar se ele pode ou não ser um câncer. Logo, esse tipo de procedimento é realizado quando o seu médico pressupor que você possa ter um nódulo quente.

Como esse nódulos são tratados?

O tratamento vai depender do tipo de nódulo. Entretanto, especialistas sugerem a remoção da glândula através do procedimento cirúrgico para nódulos cancerosos ou até mesmo para os apenas suspeitos. Após a cirurgia, a terapia com iodo radioativo deve ser usada para destruir quaisquer células tiroideias restantes.

A cada período de 6 a 12 meses, há a necessidade que seu médico monitore os nódulos de tireoide que porventura não foram removidos. Porém, essa supervisão pode envolver exames físicos, exame de ultrassom ou ambos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!

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