A hérnia abdominal é dividida em quatro tipos: inguinal, umbilical, incisional e epigástrica. Envolve o enfraquecimento ou ruptura da musculatura localizada na barriga causada pelo vazamento de uma parte de um órgão.
Pode ser pequena ou grande e seu principal sintoma é a dor forte no abdômen ao levantar objetos pesados ou fazer algum esforço físico. No entanto, quando as hérnias ainda são pequenas é possível não apresentar nenhum sinal.
Como o problema acomete cerca de 8% da população brasileira, é natural se perguntar como seria o tratamento. E mais, se a cirurgia é a única opção para resolver a situação.
Cirurgia é o único tratamento efetivo para hérnia
Apesar de nem todos gostarem da ideia de passar por uma cirurgia, esta é a única forma efetiva de tratar as hérnias. O objetivo é colocar o órgão afetado de volta ao seu lugar na cavidade abdominal e fechar aquele espaço por onde havia escapado e formado a hérnia.
Pacientes com sintomas devem ser encaminhados para o procedimento o mais rápido possível. O objetivo é reduzir o incômodo e evitar o estrangulamento do órgão afetado (na maioria dos casos, o intestino). Aqueles que não apresentam sintomas podem esperar um pouco mais para realizar a cirurgia.
Isso é indicado no caso das hérnias menores, em que não existe o risco de estrangulamento. No entanto, é necessário fazer o acompanhamento, pois existe a possibilidade do escape aumentar e aí irão começar a existir sintomas. Assim, mesmo quando assintomático, em algum momento o paciente passará pela cirurgia, só não existe tanta urgência.
De qualquer forma, existe um consenso de que a cirurgia é indispensável. Tanto que, mesmo nos casos sem sintomas o paciente já é informado sobre considerar a ideia de retirar a hérnia o quanto antes.
Como funciona o procedimento
A operação pode ser aberta ou laparoscópica. A primeira opção ainda é a mais utilizada, já que permite o uso da anestesia local e com menor risco de complicações. Apesar disso, para o paciente, a cirurgia aberta exige um maior tempo de recuperação e pode causar dor no corte pós-cirurgia.
A cirurgia laparoscópica não tem grandes cortes. São feitos pequenos furos no abdômen e um gás é colocado na região, para que o cirurgião possa trabalhar e corrigir a hérnia, além de colocar a tela ou dar pontos, para evitar o retorno do problema. A principal vantagem é a rápida recuperação do paciente.
Independentemente do método adotado pelo cirurgião, o procedimento consiste em devolver o órgão afetado ao seu lugar de origem e, em seguida colocação da tela ou sutura para reforço da musculatura. Assim, são raros os casos em que a hérnia retorna no mesmo lugar, exatamente por causa dessa proteção feita durante a cirurgia.
Ficou claro que a única forma de tratar efetivamente a hérnia abdominal é através do procedimento cirúrgico. Além disso, quando não é feita a cirurgia, existe o risco de estrangulamento do órgão. Sendo assim, mesmo que não tenha sintomas, converse com seu médico para realizar o tratamento o mais rápido possível.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!