tireoidectomia

Quais os efeitos secundários após uma tireoidectomia?

Uma das glândulas mais importantes do nosso corpo, a tireoide é responsável pela produção de hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo. Porém, após passar por uma tireoidectomia, a ausência desse órgão pode causar alguns problemas.

Você já ouviu falar a respeito? Então, leia este post. A seguir, falaremos mais sobre esse procedimento e os efeitos secundários que pode causar.

O que é a tireoidectomia?

Trata-se de uma cirurgia para a remoção parcial ou total da glândula tireoide com o objetivo de tratar distúrbios que impedem o seu funcionamento. Por ser uma área sensível e de difícil manipulação, é considerado um procedimento complexo.

Contudo, quando não ocorrem complicações, é perfeitamente possível levar uma vida tranquila após a tireoidectomia, necessitando apenas do uso diário de um medicamento à base de hormônio tireoidiano.

Como a cirurgia é realizada?

A tireoidectomia consiste em retirar, total ou parcialmente, a tireoide. Essa extração é feita a partir de pequenas incisões que são realizadas no pescoço (endoscópica) ou de um corte extenso para visualização da glândula (aberta).

Quais são os possíveis efeitos secundários?

Chamamos de efeitos secundários as possíveis complicações que podem ocorrer após a retirada da glândula tireoide. A depender do caso, esses efeitos podem ser temporários ou permanentes. Então, é importante que você saiba mais sobre eles. 

Disfonia

Trata-se de um sintoma relacionado à presença de distúrbios na voz, podendo se manifestar como rouquidão, esforço para emitir a voz, cansaço ao falar, dificuldade em manter a voz, variações na fala, falta de volume e de projeção, e perda da eficiência vocal.

Ainda, a disfonia é um dos efeitos secundários mais comuns, pois a glândula está localizada próxima aos nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. Em casos raros, essa condição pode ser definitiva. Caso contrário, a voz normaliza em algumas semanas ou meses.

Cicatriz

Geralmente, as cicatrizes produzidas pela tireoidectomia são discretas, variando entre 3 a 15 cm de extensão. Porém, é possível que haja um mau resultado estético, produzindo cicatrizes hipertróficas.

Ainda, as queloides, como são conhecidas, são cicatrizes grossas, endurecidas e avermelhadas. Quando surgem, estão relacionadas à predisposição racial, localização no corpo, infecções e aspectos técnicos cirúrgicos.

Assim, para que não haja problemas, é recomendado que se evite a exposição solar sobre a cicatriz por até quatro meses após o procedimento, além da necessidade de utilizar protetor solar na região.

Hipocalcemia

Trata-se da queda dos níveis de cálcio no sangue causada pelo mau funcionamento das glândulas paratireoides, que são responsáveis pela produção do hormônio PTH que faz a regulação do cálcio.

Ainda, essa situação pode ser temporária ou definitiva e ocorre pela manipulação indevida dessas glândulas, que estão próximas a tireoide. Entretanto, são raros os casos em que a hipocalcemia é permanente

Hematoma

Trata-se do acúmulo de sangue em um local específico, um efeito secundário perigoso e que pode causar a morte do paciente. Quando percebida pelo cirurgião, pode ser necessária uma nova operação.

Hipotireoidismo

Trata-se de um distúrbio no qual há uma quantidade insuficiente de hormônios tireoidianos presentes no organismo, ocasionando alterações metabólicas dos órgãos e levando a sintomas clínicos e alterações laboratoriais.

Além dessas complicações, após a tireoidectomia também podem ocorrer infecções, insuficiência respiratória e afonia com falta de ar. Entretanto, são situações incomuns, sendo o efeito secundário mais comum a necessidade de reposição diária do hormônio tireoidiano.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!

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