obesidade

Qual a relação entre a obesidade e a incidência de câncer?

Nas últimas décadas, o número da população onde existe a prevalência do excesso de peso tem aumentado significativamente. A situação chegou a níveis tão complexos que governos e instituições de saúde tem feito parcerias visando conscientizar as pessoas prevenindo a obesidade.

Entretanto, essa preocupação também se estende aos mais jovens: estudos apontam que uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos, assim como um em cada cinco adolescentes entre os 10 e 19 anos, apresentam excesso de peso.

Além dos problemas já conhecidos relacionados à obesidade, nos últimos anos uma condição tem chamado a atenção de pesquisadores: o câncer.

A seguir, vamos entender melhor como a obesidade e o câncer se relacionam. Acompanhe!

Relação complexa

De acordo com estudos recentes, um quadro de obesidade contribui para uma maior prevalência de câncer colorretal, de esôfago, de bexiga, de próstata, de fígado e rins, do endométrio e de mama.

Especialistas que estudam essa relação já conseguiram identificar alguns fatores que podem esclarecer como a obesidade influencia alguns tipos de câncer.

São eles: níveis elevados de hormônios sexuais, maior secreção de insulina, alterações na microbiota intestinal, excesso de gordura na região abdominal, aumento dos vasos sanguíneos, aumento de secreções pró-inflamatórios, desregulação no processo de morte das células e inflamação crônica do corpo, são alguns deles.

Porém, é importante destacar que apesar de a relação entre o câncer e a obesidade existir, é algo ainda muito complexo e que vai exigir estudos mais intensos.

Um ponto observado pelos pesquisadores é o fato de que pessoas obesas tendem a desenvolver alguns tipos específicos de câncer com mais frequência. Isso pode ser considerado um fator que aumenta o risco, mas não uma característica determinante de que a pessoa obesa terá câncer.

Ainda assim, a tendência de observar o excesso de peso como uma característica que pode contribuir para o surgimento de tumores tem crescido.

Além disso, já existem estudos que sugerem que o excesso de peso ainda pode influenciar no retorno do câncer. Para a OMS, a obesidade é considerada o segundo maior fator de risco para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo.

Outras observações

Além de tudo o que foi observado nos tópicos anteriores, pesquisas também apontaram uma maior incidência de outras condições relacionados a obesidade após o tratamento e cura do câncer, a exemplo de doenças cardiovasculares e quadros de diabetes.

A escolha melhor dos alimentos, a adoção da prática de exercícios físicos e a mudança de hábitos de vida com a intenção de promover a redução calórica são aspectos que trazem muitos benefícios para quem sofre de câncer.

Menos fadiga durante o tratamento de um tumor maligno, menor prevalência de doenças relacionadas ao excesso de peso, autoestima elevada e uma melhor percepção da imagem corporal são algumas vantagens percebidas por quem adota o cuidado com o peso.

A prevenção da obesidade e, por consequência, do câncer passa pela adoção de hábitos cotidianos mais saudáveis para uma melhor qualidade de vida a longo prazo. Mudar não é fácil, mas com ajuda especializada é perfeitamente possível!

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!

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