A intervenção cirúrgica para realizar a retirada da vesícula biliar se chama de colecistectomia e, normalmente, é indicada quando são identificadas pedras na vesícula após a realização de exames de laboratoriais, como o de urina, ou de imagem, quando há sinais que indicam o quadro de vesícula inflamada.
Dessa forma, quando a pedra na vesícula é diagnosticada, a cirurgia pode começar a ser planejada. Geralmente o procedimento é bem rápido, tendo uma duração média de 45 minutos. Além disso, exige apenas de 1 a 2 dias de repouso. A recuperação total é dada em cerca de 1 a 2 semanas.
Ainda que na grande maioria das vezes a cirurgia seja programada, há casos em que ela pode ser executada em caráter de urgência, principalmente quando há sintomas relacionados, como dor intensa e cólica, pois estes podem sinalizar infecção e/ou inflamação, tornando a cirurgia necessária para evitar possíveis complicações.
O que muda no cotidiano após a retirada da vesícula?
Um dos principais questionamentos do pacientes que realizam esse procedimento cirúrgico é o que irá mudar após a retirada da vesícula biliar. No entanto, é perfeitamente possível viver sem ela
As alterações no corpo são bem pequenas, porém algumas mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares serão necessárias, a fim de que não sejam notada muitas diferenças no cotidiano do paciente.
Depois da colecistectomia, o corpo fica sem um órgão para armazenar a bile, portanto, o fígado irá liberá-la de forma direta no intestino delgado para este fazer a digestão dos alimentos.
Apesar disso, se for ingerida uma quantidade grande de gordura ou alimentos que sejam ricos em fibras, o corpo terá uma dificuldade maior para fazer a digestão, o que pode provocar inchaço, gases e até diarreia.
É bem importante ter uma alimentação com pouca gordura, evitando alimentos como bacon, carne vermelha, linguiça e frituras de modo geral.
Após algum tempo, o corpo vai se habituando com a retirada do órgão e, por esse motivo, se torna possível voltar a se alimentar normalmente, mas sem exageros na ingestão de gorduras.
À proporção que a digestão melhorar com o restabelecimento da cirurgia, os alimentos ricos em gordura devem ser adicionados de forma gradual na dieta, principalmente os que são ricos em gordura boa, como linhaça, castanhas, sementes de chia, salmão, amendoim, azeite de oliva e atum.
De forma geral, é possível voltar a ter uma alimentação normal após alguns meses da cirurgia.
O que comer após a colecistectomia?
Depois da cirurgia, como já foi mencionado, a forma de digestão sofre uma mudança devido a retirada do órgão. Diante disso, deve ser dada a preferência para alimentos, como:
- Frutas, com exceção de coco e abacate;
- Legumes cozidos;
- Carnes magras, como frango, peru e peixe;
- Grãos integrais, como arroz, pão, aveia e macarrão integral;
- Iogurtes e leites desnatados;
- Queijos brancos, como cottage, ricota, minas e requeijão light.
Alimentar-se de forma correta após a colecistectomia ajuda bastante na diminuição das dores e do desconforto físico, melhorando também a adaptação do organismo sem a vesícula. Ainda, vale a pena salientar que nos primeiros dias pós-cirurgia é perfeitamente normal que o intestino fique “preguiçoso”.
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