plasma de argônio

Tudo o que você precisa saber sobre plasma de argônio para reganho de peso pós-bariátrica

A cirurgia bariátrica é considerada um dos tratamentos mais efetivos para a obesidade mórbida. Porém, para evitar o reganho de peso, é necessário adotar mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, realizar outras técnicas cirúrgicas, como o plasma de argônio.

Você já ouviu falar neste método? Sabe quando ele é indicado? Caso não, continue a leitura deste post para encontrar todas as informações mais relevantes sobre o assunto.

O que é o plasma de argônio?

Trata-se de um gás inerte, inodoro, não tóxico e de baixo custo utilizado desde a década de 80 para cirurgias convencionais e, mais recentemente, a partir de 1991, no campo dos procedimentos endoscópicos. 

Ainda, o plasma de argônio é principalmente usado para interromper sangramentos (hemostasia), dissecção de tumores, cauterização de lesões sangrentas no trato digestivo e para cicatrizar ou provocar uma retração cicatricial nessa região.

Ademais, a partir do ano de 2009, a técnica foi aplicada no tratamento da obesidade, sendo complementar à cirurgia bariátrica. O plasma é utilizado para o fechamento das emendas que existem entre o estômago e o intestino (anastomose).

Quando é indicado?

No que se refere ao tratamento de pacientes obesos, o plasma de argônio é indicado nos casos em que há reganho de 10% do peso perdido ou mais do mínimo peso alcançado após a cirurgia bariátrica, respeitando o prazo de, pelo menos, 1 ano da sua realização.

Ainda, o plasma de argônio também pode ser indicado para qualquer paciente que parou de perder peso depois de 1 ou 2 anos do tratamento. Entretanto, a técnica só pode ser utilizada por pacientes que realizaram a cirurgia por Bypass gástrico.

Existem contraindicações?

A única contraindicação diz respeito ao tipo de cirurgia bariátrica realizada. Assim, pacientes que passaram por quaisquer outras técnicas diferentes do Bypass gástrico, não podem utilizar o plasma de argônio. 

Ademais, para aplicação da substância, o paciente precisa ser sedado. Dessa forma, aqueles que não possuem condições clínicas para passar por um procedimento endoscópico com sedação, não estão autorizados a realizar a técnica.

Como funciona o plasma de argônio?

Antes da aplicação do plasma, o paciente passa por uma endoscopia para que seja avaliado o alargamento da anastomose. Além disso, podem ser solicitados outros exames para identificar o perfil de coagulação do candidato ao procedimento.

Ainda, ao ser considerado apto, é necessário realizar um jejum de oito horas prévias à aplicação. Em seguida, o paciente recebe sedação venosa e a endoscopia é iniciada. O médico passa um cateter duplo lúmen por dentro do endoscópio.

Por uma ponta deste cateter é disparada uma corrente elétrica. Pela outra, passa o gás argônio. O contato da eletricidade com a substância gera um plasma de coagulação que desnatura o tecido. O procedimento leva cerca de 15 minutos.

Ademais, no pós-operatório, pode haver dor leve a moderada. O número de sessões pode chegar a três, a depender do quadro do paciente. Após uma hora da aplicação, ele recebe alta e pode retornar para casa.

Por fim, o paciente também precisará seguir uma dieta pelos próximos 20 dias, além da administração de alguns medicamentos. Portanto, o plasma de argônio é uma técnica eficaz para evitar o reganho de peso após a cirurgia bariátrica.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!

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