A formação de pedra na vesícula ocorre quando a bile, produzida pelo fígado, fica muito concentrada. Isto acontece quando a quantidade de substâncias excretadas pelo fígado, tais como colesterol, pigmentos e bicarbonato, é elevada, o que causa a saturação do suco biliar.
A bile, então, torna-se mais espessa e gelatinosa. Com o passar do tempo as substâncias contidas no suco biliar transformam-se em cristais, ou seja, em cálculos biliares. A maior parte das pedras na vesícula são formadas por colesterol.
5 sintomas de pedra na vesícula
- Dor após as refeições. A ingestão de alimentos estimula a vesícula a liberar a bile, que atuará na digestão de gorduras. Porém, quando há pedras na vesícula, a bile não consegue fluir normalmente. A dor surge no lado direito no abdômen devido à pressão que a vesícula faz para liberar a substância. Algumas pedras podem ir parar no intestino e outras ficam retidas nos ductos biliares ou voltam para a vesícula.
- Gases, abdômen inchado, azia e má digestão indicam que há algo errado no processo de digestão. Um dos motivos pode ser o baixo fluxo de bile, devido a pedras localizadas na vesícula ou nos ductos biliares.
- Febre e vômitos. Esses são sintomas da colecistite, que é a inflamação da vesícula. Isto acontece quando a bile fica represada na vesícula. A ação de bactérias do intestino infecciona a vesícula, o que provoca náuseas, vômitos e febre.
- Outro sintoma de pedra na vesícula é a coledocolitíase. Esse problema acontece quando as pedras entopem o colédoco, que é o canal que drena a bile que vem do fígado e da vesícula para o duodeno. Sem passagem, a bile retorna ao fígado e à vesícula. O acúmulo de bile na vesícula causa a colecistite (inflamação da vesícula). Ao mesmo tempo, a bile que retorna ao fígado resulta em icterícia, deixando a pele e os olhos amarelados.
- Colangite é a infecção dos ductos biliares. Pode afetar os canais biliares dentro do fígado, como o colédoco, que é um canal que drena a bile para o duodeno. Quando esses ductos estão obstruídos, em consequência do deslocamento de pedras da vesícula, bactérias que vivem no intestino encontram as condições ideais para proliferar. O resultado é uma infecção gravíssima dos ductos biliares que pode levar à óbito se não tratada a tempo.
Fatores de risco para pedras na vesícula
Algumas pessoas, por herança genética, têm pré-disposição para desenvolver pedras na vesícula, mas também há outros fatores de risco. Entre eles:
- O aumento da quantidade de estrogênio durante a gravidez, a menopausa ou em tratamentos de reposição hormonal pode deixar a bile mais concentrada, resultando na formação de cálculos biliares, com o passar do tempo.
- A idade é outro fator de risco. A partir dos 40 anos, quem não cuida da saúde com alimentação saudável e prática de atividades físicas corre o risco de desenvolver pedras na vesícula.
- A dieta pobre em fibras, mas rica em alimentos gordurosos é um fator de risco para a formação de pedras na vesícula.
- Obesidade, cirrose, diabetes e anemia falciforme são doenças que podem levar à formação de pedras na vesícula.
- Jejuns longos ou emagrecimento exagerado também afetam a qualidade da bile produzida pelo fígado, deixando-a mais saturada.
Tratamento para pedra na vesícula
A operação pode ser realizada através de videolaparoscopia, procedimento menos invasivo, que proporciona uma recuperação mais rápida do paciente. E, para prevenir a formação de pedra na vesícula, é importante fazer exames médicos pelo menos uma vez ao ano, melhorar a qualidade da alimentação e beber mais água.
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