A cirurgia para retirada do cólon, também chamada de colectomia, é feita quando há necessidade de tratar doenças específicas ou quadros emergenciais.
Neste artigo, falaremos um pouco sobre os tipos de cirurgia existentes, seus desdobramentos e também sobre as doenças que costumam exigir que seja feita a colectomia. Confira.
Tipos de colectomia
É possível fazer a cirurgia de forma total ou parcial, por via laparoscópica ou através da intervenção tradicional (também chamada de convencional).
Colectomia total
Consideramos colectomia total a cirurgia que consiste na ressecção de todo o cólon. Ela tem sido utilizada como tratamento e para a prevenção de uma série de doenças, como:
- Colite ulcerativa: enfermidade inflamatória intestinal crônica, de caráter não contagioso, é caracterizada pela inflamação e por ulcerações no cólon e reto. É responsável por quadros de hemorragia, febre intensa, cólicas, perda de peso e dores;
- Polipose adenomatosa familiar: doença hereditária que faz com que haja o desenvolvimento de pólipos pré-cancerosos no reto e em áreas próximas, como o intestino grosso. Tais pólipos costumam aparecer durante a infância, mas podem atingir adolescentes e jovens adultos;
- Câncer: o câncer colorretal é tratável, desde que detectado precocemente. Indícios de câncer na região do cólon estão no surgimento de pólipos intestinais;
- Hemorragia digestiva baixa: pode ser causada por uma série de fatores, como constipação intestinal frequência, câncer, hemorróidas, traumas no reto. Se não tratada, pode causar perda de sangue significativa e até mesmo levar à morte.
Colectomia parcial (ou subtotal)
É uma boa solução para o tratamento de doenças inflamatórias intestinais severas, como:
- Doença de Crohn: doença sem cura, causa dores no abdômen, diarreia intensa e frequente, perda de peso, anemia, problemas alimentares, cólicas e cansaço. É um fator de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal, então deve ser acompanhada de perto por um médico responsável durante toda a vida do paciente;
- Doença de Hodgkin do sigmoide: é uma doença rara, mas pode acometer a região do sigmoide, localizada no intestino grosso. Promove perda de peso, dores localizadas no abdômen, alteração da frequência intestinal e o surgimento de tumores abdominais.
Pode também ser utilizada em casos de colite ulcerativa.
Como é feita a cirurgia de retirada do cólon?
Varia de acordo com o método utilizado, claro. No procedimento convencional, é feita uma incisão e posterior retirada da área afetada.
A cirurgia por laparoscopia utiliza pequenas câmeras, introduzidas em incisões de tamanho diminuto, para verificar a região abdominal e as partes próximas.
Ambas as opções são feitas com anestesia geral e são bastante seguras, desde que o paciente seja avaliado previamente e siga as instruções do cirurgião.
É natural que, antes da cirurgia, o paciente precise utilizar medicamentos laxativos e suspender a alimentação ou a ingestão de água. Se isto não for possível, dada a gravidade da situação, a cirurgia pode ser feita sem o devido preparo.
O tempo de pós-operatório pode variar de acordo com o estado de saúde do paciente, com a sua idade e recuperação. O retorno às atividades cotidianas costuma levar algumas semanas.
Em geral, não há muitas complicações após a retirada do cólon, se feita de forma responsável. Alguns pacientes relatam sudorese, ânsias de vômito, fadiga e dores localizadas, além de diarreia. Tudo isso tende a se estabilizar dentro de alguns dias.
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