O câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, é um tipo relativamente comum. Classificado como a segunda neoplasia mais frequente do mundo, todos os anos, mais de 20 mil novos casos são diagnosticados no país. A doença atinge, principalmente, pessoas de idade mais avançada. Apesar disso, indivíduos de diferentes faixas etárias podem apresentar tumores no estômago.
Em síntese, o câncer de estômago corresponde a um tumor maligno que afeta qualquer porção deste órgão do sistema digestivo. Geralmente, a doença tem início com o desenvolvimento de uma úlcera. Quando já é um tumor maligno, ele costuma gerar sinais, como dores abdominais, azia, redução do apetite e emagrecimento.
Outros sinais de alerta e manifestações físicas incluem sensação de inchaço após as refeições, náuseas, indigestão, fezes escurecidas, fadiga, dificuldade para engolir.
Embora seja grave, o câncer de estômago é tratável e, as diversas (e modernas) possibilidades de terapia têm contribuído para o aumento da taxa de sobrevida no decorrer dos anos. Veja quais são as principais formas de tratamento do câncer do estômago.
Cirurgia para o câncer de estômago
O principal tratamento para o câncer de estômago, em diferentes estágios, é a cirurgia. O procedimento cirúrgico, juntamente com outras estratégias médicas, se configura como a maior chance de cura do paciente. A operação pode ser realizada para remover o tumor inteiro em uma parte do órgão, como pode ocorrer a remoção total do estômago e dos gânglios linfáticos.
A intenção do cirurgião é de sempre preservar o máximo possível da porção não afetada do estômago, mas isso dependerá da extensão do tumor. Vale destacar que a cirurgia alivia os sintomas e previne complicações, como hemorragias tumorais e obstrução do estômago, em função do crescimento do tumor.
Quimioterapia
A quimioterapia para o tratamento do câncer de estômago é o método que se baseia no uso sistemático de medicação anticancerígena. O objetivo é destruir as células anormais que geram o tumor. Embora o foco esteja na destruição das células cancerígenas, as células sadias do organismo também podem ser atingidas. Geralmente, a quimioterapia se dá por via venosa e oral, para aliviar os sintomas, reduzir o tumor e retardar o avanço da doença.
Terapia alvo
A terapia alvo, como o próprio nome sugere, é um tratamento com foco específico. Atualmente, novas medicações direcionadas para partes exatas das células cancerígenas têm apresentado ótimos resultados. Essas drogas alvo atuam de maneira diferente dos quimioterápicos tradicionais e seus efeitos também são distintos. Em outras palavras, a função da terapia-alvo é combater moléculas específicas, direcionando a ação dos medicamentos exclusivamente (ou quase que exclusivamente) às células tumorais do estômago. O objetivo é reduzir as atividades das células doentes sobre as células saudáveis
Radioterapia
O tratamento radioterápico atua por meio de radiações ionizantes, que inibem ou bloqueiam o crescimento das células cancerígenas que formam o tumor no estômago. Normalmente, é combinada com outros tratamentos, como a quimioterapia ou cirurgia.
A abordagem do tratamento deve ser discutida entre médico e paciente, após o diagnóstico da doença e identificação do estadiamento do câncer. O estágio da doença impacta diretamente nos procedimentos terapêuticos que serão adotados. Além disso, devem ser considerados outros fatores, como o tipo e localização exata do tumor, idade e condições clínicas do paciente, bem como as chances de cura, tratamentos anteriores e comorbidades associadas.
É recomendável que o tratamento seja multidisciplinar e envolva não apenas especialistas, como gastroenterologistas e oncologistas. O ideal é que todo o tratamento tenha a participação do cirurgião do aparelho digestivo, radioterapeuta, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo e enfermeiros.
Quer saber mais sobre câncer de estômago? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro