A obesidade já é considerada uma epidemia que não escolhe idade e atinge principalmente uma grande camada da população urbana. Tudo porque a vida agitada e sedentária e a alimentação desregrada vem aumentando os índices de aparecimento do problema, inclusive em crianças, que são apresentadas desde muito cedo à alimentos muito calóricos e pobres em nutrientes.
Causas da obesidade
Hambúrgueres gigantes de fast food são acompanhados por uma porção de batata frita e um copo grande de refrigerante. Um trio cheio de sabor, que mata a fome de quem tem pouco tempo para se alimentar. Porém, este é só um exemplo de como a praticidade do dia a dia apresenta riscos, já que há estes alimentos tem baixíssima concentração de nutrientes e alto teor de calorias, gorduras e açúcares, que se acumulam no organismo e geram muitas doenças. Uma delas é a obesidade.
As pesquisas médicas são unânimes em afirmar que a obesidade mórbida influencia no tempo de vida, pelas consequências devastadoras que provoca no corpo.
Mesmo com efeitos colaterais e os riscos cirúrgicos comuns de qualquer procedimento, a cirurgia bariátrica tem uma excelente taxa de sucesso. Hoje cerca de 80% dos pacientes não tem reganho de peso radical, embora isso possa acontecer, caso o paciente não dê continuidade ao tratamento.
A cirurgia também é aliada no tratamento das comorbidades da obesidade, como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, apneia do sono, hérnias de disco e dores articulares causadas pelo excesso de peso.
Indicação cirúgica
A cirurgia é indicada para casos em que a reeducação alimentar e a mudança de hábitos do paciente não foram suficientes para o emagrecimento e o Índice de Massa Corporal (IMC) é superior a 35. Para chegar a esse número, é preciso dividir o peso da pessoa pela altura ao quadrado.
Quando a obesidade é acompanhada por comorbidades como diabetes e hipertensão, a intervenção cirúrgica pode ser uma boa alternativa para tratar os problemas de forma integrada.
O processo envolve o acompanhamento interdisciplinar antes mesmo da internação. O paciente deverá ser acompanhado por endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos desde o pré-operatório para acostumar-se com o novo estilo de vida que deverá adotar.
Existem diversas técnicas cirúrgicas que podem ser empregadas, as mais comuns são Sleeve e By-pass Gástrico. Somente um cirurgião especializado poderá avaliar e indicar o melhor método para o seu caso.
O pós-operatório exige mudança no estilo de vida e acompanhamento médico anual. É fundamental que o paciente adote hábitos saudáveis para evitar o reganho de peso e consiga lidar com sua nova realidade.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro.