Colecistectomia é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada da vesícula biliar, que é o órgão localizado próximo ao fígado.
A função da vesícula é ajudar na digestão de gorduras. Além disso, também é onde se concentra a bile, líquido gerado pelo fígado que é despejado no intestino, próximo ao duodeno.
Apesar das técnicas não-cirúrgicas terem tido uma boa evolução, a cirurgia ainda é o melhor e mais comum método de tratamento da colelitíase e colecistite.
Tipos de colecistectomia
As opções cirúrgicas da remoção da vesícula biliar envolvem o método padrão, chamado de colecistectomia laparoscópica, e outro método mais antigo e invasivo, chamado de colecistectomia convencional.
No entanto, hoje em dia, existem algumas variações entre os tipos de colecistectomia. Conheça-os, abaixo.
Laparoscópica
Essa é a modalidade mais utilizada atualmente, por ser pouco invasiva. Além disso, o paciente é liberado rapidamente após a cirurgia, em apenas 1 dia.
Ainda, as possíveis complicações se manifestam em apenas cerca de 4% dos pacientes, enquanto a taxa de mortalidade não chega a 0,1%.
Aberta
Esse método é executado quando, no início do procedimento, o médico cirurgião encontra algum tipo de dificuldade para localizar as estruturas anatômicas que são importantes para a intervenção.
Nessa situação, a equipe médica, que estava preparada para realizar a cirurgia laparoscópica, opta então por fazer a cirurgia aberta.
Isso ocorre em cerca de 3 a 5% dos casos e, por ser um método mais invasivo, os riscos de infecções se elevam.
Também há um acréscimo no tempo da alta, que pode levar entre 2 e 3 dias para ser concedida.
Colangiografia
Em alguns casos, o médico cirurgião pode optar por este procedimento enquanto realiza a cirurgia laparoscópica.
Na colangiografia, são inseridos fluidos fluorescentes nos canais biliares e imagens são feitas através do raio-X.
Desse modo, o médico visualiza como está o acesso do líquido biliar até o intestino e também pode constatar prováveis cálculos.
Além disso, há outros tipos de situações, que podem envolver estreitamento ou dilatações dos canais biliares, tumores ou lesões, que podem ser identificadas.
Não havendo nenhum desses problemas, somente a vesícula é retirada.
Profilática (preventiva)
Esse tipo de intervenção cirúrgica é realizada com o propósito de evitar outros tipos de complicações no paciente assintomático.
Ela é recomendada em pacientes com cálculos maiores do que 3 cm de diâmetro e em pacientes com cálculo em uma vesícula biliar com algum tipo de alteração anatômica congênita.
Quando é indicada?
A cirurgia de retirada da vesícula biliar é indicada para pacientes com pedra na vesícula (colecistite) crônica ou aguda, cólica biliar e colecistite acalculosas.
No entanto, a recomendação para esse tipo de cirurgia depende, basicamente, de três fatores:
- Presença de complicações prévias, como: fístula biliar, pancreatite, histórico de colecistite aguda, etc;
- Dores fortes e frequentes que tenham o poder de interferir na rotina diária do paciente;
- Qualquer tipo de condição que possa aumentar o risco de complicações para o paciente. Como, por exemplo, vesícula biliar de porcelana ou calcificada e crise anterior de colecistite aguda que não tenha relação com o quadro atual.
A existência de qualquer uma dessas condições pode levar o indivíduo a ser um forte candidato para a colecistectomia.
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