dor abdominal

Dor abdominal: o que pode ser?

Quando uma pessoa começa a sentir dores abdominais, há inúmeras possibilidades de causas que podem direcionar o diagnóstico, inclusive, a simples presença de gases. Em geral, as dores indicam problemas intestinais, estomacais ou na vesícula, que precisam ser verificados para avaliar a gravidade e também o tratamento.

É a intensidade e durabilidade da dor abdominal que indicará sua possível gravidade, principalmente se acrescida de febre, diarreia, sangue na urina ou nas fezes, palidez, perda de peso repentina, náuseas e vômitos.

Possíveis causas de dores abdominais

Para detectar possíveis causas da dor abdominal, é preciso observar qual região está dolorida, faz-se um exame em que divide-se o abdômen em nove pontos, da direita para esquerda, e nas partes superior, inferior e intermediária. Cada ponto indica alguns possíveis problemas – por exemplo, se a dor for no lado direito superior, é possível que o problema esteja relacionado ao fígado, ao pulmão direito, à pedra na vesícula ou gases, se for na região central, pode apontar úlcera gástrica, pancreatite, gastroenterite, apendicite ou prisão de ventre.

Até mesmo problemas na coluna podem ter reflexos na região abdominal, apresentados, geralmente, na parte central. Já o excesso de gases não tem um ponto fixo para indicar a dor, que pode aparecer em qualquer região.

Situações como problemas na vesícula e diverticulite podem apresentar dor bem distante dos órgãos de origem, o que pode confundir na hora de identificar o diagnóstico. Outras situações como indigestão, intolerâncias alimentares, refluxo, vermes, câncer e infarto pode apresentar dores globais no abdômen, sem uma identificação prévia do local.

O tipo de dor abdominal pode falar muito sobre sua causa, como a dor em queimação, causadas em geral por refluxo, úlceras ou gastrites e que causam ardor semelhante ao de queimaduras.

Já dores como cólicas são mais comuns em problemas intestinais e nos órgãos reprodutores femininos, apesar de prisão de ventre e problemas de vesícula também poderem causar cólicas.

As dores definidas como pontadas são muito comuns em problemas com gases, mas também podem ser indicação de inflamação intestinal e apendicite.

A sensação de inchaço no abdômen não chega a apresentar dor, mas sim um incômodo. Acontece muito quando há problemas de indigestão, quando a pessoa come muito mais do que poderia ou quando está com gases.

Quando a pessoa está passando por um infarto no miocárdio, ela pode ter dores abdominais acrescidas de náuseas e que podem ser confundidas com outros problemas na região. É importante observar os outros sintomas, como dores no peito, suor frio, falta de ar, dor irradiada no braço e queimação próxima ao estômago, que indicam esse tipo de problema.

Como tratar?

A dor abdominal é apenas um sinal de que há algum problema na região e antes de pensar no tratamento é importante detectar a sua causa. Tanto o clínico geral quanto o gastroenterologista devem fazer um consulta detalhada com história clínica e exame físico, alem de exames complementares como  hemograma, exame de urina e fezes para as primeiras checagens.

Dependendo de onde estão essas dores e sua intensidade, o médico pode requisitar um exame de ultrassonografia, que vai detalhar se há alguma anomalia ou alteração nos órgãos. Para dores mais específicas como estômago, pode ser requisitada uma endoscopia para avaliar se há algum tipo de ulceração ou gastrite.

Caso o problema seja referente a má digestão, o tratamento é feito com antiácidos e dietas alimentares sem ingestão de gorduras, frituras e refrigerantes. No caso de dores por gases, são utilizados remédios como dimeticona e dieta que evita o seu acúmulo e formação.

Para dores abdominais causadas por diarreia ou prisão de ventre, são usados remédios específicos para o problema, para desacelerar ou aumentar o ritmo intestinal, e em ambos os casos é preciso ingerir bastante água.

Em infecções urinárias e gástricas é preciso que o médico receite antibióticos específicos para combater a doença. Os casos mais críticos podem exigir internação e até cirurgia.

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