Hérnia inguinal

Hérnia inguinal: causas e tratamentos

As hérnias são tão comuns que já são conhecidas pela maioria da população. Porém, nem todos sabem como elas surgem e nem quais são as diferentes formas de manifestação, como, por exemplo, a hérnia inguinal?

Você já ouviu falar nessa condição? Conhece as causas e alternativas de tratamento? Então, continue a leitura. Neste post, explicaremos tudo sobre esse tipo de hérnia.

O que é a hérnia inguinal?

Embora se diferenciem em relação ao local em que surgem, toda hérnia é a protusão de uma víscera ou de um órgão por meio de uma abertura na parede abdominal. Quando ocorre na região da virilha, é chamada de hérnia inguinal.

Ainda, esse tipo de hérnia pode se manifestar de duas formas: direta e indireta. No primeiro caso, ocorre após a realização de esforços físicos em excesso, aumentando a pressão na barriga, sendo mais frequente em adultos e idosos.

Quando indireta, a hérnia tem origem congênita e está relacionada à entrada de um pedaço do intestino na região da virilha até o saco escrotal. Essa forma ocorre com mais frequência em bebês e crianças.

Ademais, as hérnias inguinais podem ocorrer em ambos os lados da virilha (bilateral). Se aumentar de volume e atingir o escroto é chamada de hérnia inguino escrotal. Como não melhora espontaneamente, o tratamento se faz necessário. Caso contrário, oferece risco de vida ao paciente.

Como é causada?

A depender do caso, pode não existir uma causa conhecida para o surgimento da hérnia inguinal. No tipo direta, há uma fraqueza muscular que possibilita o extravasamento de conteúdo abdominal em situações que aumentam a pressão abdominal, como, por exemplo, obstipação, tosse frequente e levantamento de peso.

Ademais, existem fatores que tornam um indivíduo mais suscetível a desenvolver a condição, pois, podem levar ao enfraquecimento da musculatura ou ao aumento de pressão. São eles:

  • ter mais de 50 anos;
  • ser do sexo masculino;
  • possuir histórico familiar de hérnia inguinal;
  • apresentar tosse crônica e/ou constipação intestinal;
  • nascimento com parto prematuro ou baixo peso;
  • ter histórico de trauma ou cirurgia na parede abdominal;
  • praticar exercícios físicos em excesso;
  • ser obeso ou fumante ativo;
  • gravidez.

Quais são os sintomas?

O sintoma mais evidente de uma hérnia é a saliência ou protuberância que surge em determinada região. Nesse caso específico, o volume é percebido na região da virilha, sendo mais comum no seu lado direito.

Porém, é possível que a hérnia só esteja visível quando o paciente faz algum esforço que eleve a pressão abdominal. Outros sintomas só surgem se houver um estrangulamento da hérnia, situação onde o conteúdo extravasado é comprimido pelos tecidos ao redor. 

Nesses casos, os sintomas mais comuns são náuseas e vômitos, febre, dor súbita e intensa, interrupção das evacuações e da eliminação de gases intestinais, escurecimento da hérnia, necrose do tecido, irritação e choro persistente nos bebês.

Existe tratamento?

A única forma de tratar definitivamente a hérnia inguinal é realizando uma cirurgia chamada de hernioplastia. No entanto, nem todos os casos recebem a indicação cirúrgica. Para passar pelo procedimento, o médico considera a idade do paciente, os sintomas e a possibilidade de redução manual.

Ainda, o procedimento pode ser feito por laparoscopia ou por cirurgia aberta. No primeiro caso, a técnica é menos invasiva e o paciente tem uma recuperação mais rápida. Já a cirurgia aberta é mais indicada para situações emergenciais.

Portanto, com a leitura deste post, você conheceu tudo o que há de mais importante sobre a hérnia inguinal. Com isso, avalie os fatores de risco e, caso se enquadre em algum deles, evite situações que podem ocasionar o problema.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!

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