Hérnias são condições clínicas relativamente comuns. Só para ter ideia, de acordo com dados recentemente divulgados pelo Ministério da saúde, aproximadamente 8% da população brasileira tem algum tipo de hérnia.
Ao contrário do que muitos imaginam, não existe apenas a famosa hérnia de disco. Você vai ver que várias partes do corpo estão sujeitas a herniações.
Quer saber mais sobre esse problema, conhecer os principais tipos de hérnia e descobrir por que elas se formam? Leia o artigo completo e entenda melhor o assunto.
O que é hérnia, afinal?
A hérnia corresponde ao deslocamento de um órgão ou tecido através de um orifício anormal. Ela acontece, com frequência, no estômago ou intestino, mas como eu mencionei anteriormente, pode ocorrer em várias outras partes do corpo, ocasionando sintomas como protuberância, dor e inchaço.
Quais são os tipos mais comuns de hérnia?
Existem vários tipos de hérnias. Entre elas, vale citar as mais comuns:
- Femorais/inguinais – Localizadas na virilha
- Epigástricas – Situadas acima do umbigo
- Umbilicais – No próprio umbigo
- Incicionais – Decorrentes das incisões de cirurgias.
Por que surgem?
As hérnias costumam aparecer em pessoas que têm predisposição. Além disso, a prática de atividades que envolvem esforço físico, como levantar peso, por exemplo, acaba aumentando a pressão abdominal e isso pode desencadear a formação de hérnia em quem já é predisposto a desenvolver o problema. Os músculos abdominais enfraquecidos contribuem para os casos de hérnia. Vale a pena fortalecer a região para prevenir o problema.
A hérnia traz riscos?
De modo geral, a hérnia não traz riscos grandes para o paciente, entretanto, existe sim a possibilidade de maiores complicações, como o estrangulamento do órgão no interior do saco herniário.
Esse agravante provoca dor intensa, com chances de problemas sérios. Nessa situação, a cirurgia de urgência é necessária para a preservação da saúde e da vida.
Como tratar?
Alguns casos são assintomáticos e a hérnia não chega a se agravar, o que acaba impedindo o diagnóstico. Se houver ciência da hérnia, mas o paciente conviver bem com o problema e não apresentar sintomas ou riscos, o tratamento se baseia no monitoramento da condição.
Nos casos mais graves, com sintomas como dor intensa, a abordagem terapêutica inclui a realização de cirurgia para recolocar o órgão e os tecidos adjacentes em sua posição normal, bem como, fechar a abertura atípica para evitar que a hérnia reincida. Ainda assim, em raros casos ela pode retornar.
Cumpre ressaltar que para cada tipo de hérnia existem técnicas cirúrgicas específicas. Uma das mais utilizadas é a colocação de telas para reforçar a região e impedir que uma nova hérnia aconteça no local.
A operação é de baixa complexidade e, quando o paciente não tem outros problemas de saúde, os resultados costumam ser satisfatórios, o tempo de internação é curto e a recuperação é bastante rápida.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!