Tireoidectomia endoscópica

Tireoidectomia endoscópica: como é feita?

Com a crescente procura por procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos em razão dos melhores resultados estéticos, novas técnicas surgiram, como é o caso da tireoidectomia endoscópica. 

Neste post, iremos explicar como essa cirurgia funciona, os cuidados necessário no pós-operatório e as possíveis complicações. Caso queira aprender tudo sobre ela, continue a leitura.

O que é a tireoidectomia endoscópica?

Trata-se de uma cirurgia realizada com o objetivo de remover a glândula tireóide. Apesar do baixo índice de complicações, ainda há muita apreensão por parte dos pacientes que recebem a indicação para realizá-la.

Isso porque é um procedimento delicado em razão das estruturas localizadas na região, tais como, veias, artérias e músculos vitais. Além disso, existe uma dúvida muito comum entre as pessoas que é: é possível ter qualidade de vida sem a tireoide?

Ainda que seja uma glândula essencial para o bom funcionamento do organismo, é possível levar uma vida tranquila após a tireoidectomia, necessitando apenas do uso diário de um medicamento à base de hormônio tireoidiano.

Existem duas alternativas cirúrgicas para a remoção da tireoide: parcial ou total. Assim, o procedimento a ser realizado irá variar conforme a indicação médica e os resultados esperados.

Como é realizada?

Trata-se de uma cirurgia realizada, na maioria das vezes, por cirurgiões de cabeça e pescoço. A principal motivação para a realização da tireoidectomia endoscópica é o melhor resultado estético alcançado, como por exemplo, a redução do tamanho e o local da cicatriz.

Atualmente, uma das técnicas de destaque é a tireoidectomia por acesso transvestibular, que pode ser realizada tanto por endoscopia quanto pela utilização de robô. O vestíbulo é a região entre o lábio e os dentes inferiores.

Neste local, o cirurgião faz três incisões para que o endoscópio seja inserido juntamente com os instrumentos cirúrgicos. A partir das imagens transmitidas pelo aparelho, a glândula tireoide é manipulada e retirada.

Ainda, a delicadeza com que esta cirurgia é feita faz com que seja um procedimento mais seguro e com resultados melhores que a técnica convencional. 

Quando é indicada?

No caso da tireoidectomia, as principais indicações são: diagnóstico ou suspeita de câncer de tireoide, bócio volumoso, hipertireoidismo ou outras condições que provoquem compressão e desconforto nesta glândula.

Quando há um quadro de câncer, a tireoidectomia é a alternativa mais eficaz para a cura do paciente. Em algumas situações, o ultrassom e a punção da tireoide não são capazes de confirmar o diagnóstico de malignidade do nódulo, sendo possível apenas pela cirurgia.

Ainda, mesmo que o bócio seja uma doença benigna, a remoção da tireoide pode acabar com sintomas desagradáveis, tais como, entalo, dificuldade para engolir ou respirar e engasgos frequentes.

Quando o paciente sofre com o hipertireoidismo, o padrão ouro é o uso de inibidores do hormônio da tireoide. Porém, quando não são suficientes, a retirada da glândula pode ser indicada.

Entretanto, é importante esclarecer que nem todos estão aptos à tireoidectomia endoscópica. Os pacientes com glândulas de grande volume ou que possuem anatomia desfavorável, estão mais propensos a realizar a cirurgia tradicional.

Quais são as possíveis complicações?

Conquanto sejam raras, todos os pacientes estão sujeitos aos riscos das complicações cirúrgicas. Entre as mais recorrentes estão: hipoparatireoidismo, acúmulo de sangue (hematoma), alterações na voz e paralisia bilateral de prega vocal.

Isso é tudo o que você precisa saber sobre a tireoidectomia endoscópica! Caso queira conhecer mais sobre os distúrbios que acometem a glândula tireoide ou sobre outros procedimentos cirúrgicos, continue em nosso blog.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!

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