tireoidectomia total

Tireoidectomia total: o que é e quando é indicada?

Você já ouviu falar em tireoidectomia total? Trata-se de um procedimento cirúrgico indicado para quem apresenta um problema irreversível no funcionamento da tireoide e precisa retirá-la. 

Com o nome um pouco complicado, este tipo de intervenção vem sendo cada vez realizada no país. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, o número de pessoas que podem desenvolver nódulos na tireoide pode chegar a 60% da população. Parte considerável desses casos são encaminhados para a tireoidectomia.

Em contrapartida, a pesquisa na área de disfunções no funcionamento da glândula permitiu o desenvolvimento de recursos que aprimoraram os tratamentos clínicos e cirúrgicos nos últimos anos. A cirurgia de retirada da tireoide apresenta, hoje, um alto índice de segurança e sucesso.

Para você entender melhor sobre o procedimento, neste artigo, vamos esclarecer o que é a tireoidectomia total e em quais casos sua indicação faz-se necessária. Não deixe de ler!

O que é a tireoidectomia total?

A tireoidectomia total é a retirada completa da tireoide. O procedimento é recomendado para casos em que o tratamento medicamentoso não resolve o tipo de patologia. Ainda assim, a retirada total só é realizada quando estritamente necessário. Uma opção cirúrgica menos radical é a tireoidectomia parcial, em que apenas parte da glândula é removida.

A tireoide se localiza no pescoço, abaixo da laringe. Ela é responsável pela produção de hormônios fundamentais para o funcionamento do organismo. São substâncias que controlam os batimentos cardíacos, o metabolismo e a temperatura corporal. 

Quando há um desequilíbrio na produção dos hormônios tireoidianos todo o corpo sente. Por isso, o tratamento para a tireoide é tão importante, principalmente quando detecta-se a presença de nódulos.

O procedimento cirúrgico, total ou parcial, é o mais aplicado nesses casos. Pode parecer de alto risco em função da localização. No entanto, é uma intervenção considerada muito segura na atualidade, com probabilidade baixa de apresentar complicações.

A técnica emprega anestesia geral e é realizada por meio de um pequeno corte na região do pomo de adão. No pós-operatório, a região fica sensibilizada e, por isso, são prescritos medicamentos analgésicos simples.

O tempo de internação é curto e o médico responsável, logo após a cirurgia, orientará o consumo de suplemento de cálcio e a reposição do hormônio tireoidiano, já que a glândula foi totalmente retirada.

Os riscos do procedimento estão associados ao quadro clínico prévio do paciente. Se há doenças associadas, a probabilidade de algum tipo de complicação aumenta.

Quem precisa passar pelo procedimento?

O paciente que é encaminhado para este tipo de procedimento cirúrgico geralmente apresenta quadro de câncer que se desenvolveu em nódulos na tireoide, aumento de volume da glândula ou nódulos benignos que cresceram muito.

Casos de hipertireoidismo que apresentaram inflamação intensa na glândula também podem ser tratados por meio do procedimento cirúrgico. Neste caso, primeiro tenta-se o tratamento para o controle da doença. Quando o mesmo não resolve o problema, a alternativa é a cirurgia.

Se o seu médico indicar o procedimento da tireoidectomia total é importante conversar com ele sobre o porquê da indicação, quais os riscos e como será a vida sem a tireoide. 

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião geral no Rio de Janeiro!

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